domingo, 12 de dezembro de 2010

é isto mesmo

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações
, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."

♥ Nando

sábado, 11 de dezembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Hoje é o dia europeu do antibiótico por isso prometo que às 20h vou tomar aquilo sem refilar e que o meu estômago até me vai doer menos...

O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
O BOLOR DO PÃO E DO QUEIJO É PENICILINA. A PENICILINA É UM FUNGO.
''A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. O que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é. Para que eu, pois, possa transmitir a outrem o que sinto, tenho que traduzir os meus sentimentos na linguagem dele, isto é, que dizer tais coisas como sendo as que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti. E como este outrem é, por hipótese de arte, não esta ou aquela pessoa, mas toda a gente, isto é, aquela pessoa que é comum a todas as pessoas, o que, afinal, tenho que fazer é converter os meus sentimentos num sentimento humano típico, ainda que pervertendo a verdadeira natureza daquilo que senti.''

''A mentira é simplesmente a linguagem ideal da alma pois, assim como nos servimos de palavras que são sons articulados de uma maneira absurda, para em linguagem real traduzir os mais íntimos e subtis movimentos da emoção e do pensamento (que as palavras forçosamente não poderão nunca traduzir), assim nos servimos da mentira e da ficção para nos entendermos uns aos outros, o que com a verdade, própria e intransmissível, se nunca poderia fazer.''


in Livro do Desassossego, Bernardo Soares

os blogs foram inventados para as pessoas doentes que querem partilhar o que aprenderam com a leitura dos folhetos das contra-indicações.

Hoje eu sou mais amoxicilina, ácido clavulânico (Clavunato de Potássio)(Forcid Solutab), para-acetil-aminofenol (Dafalgan)e iso-butil-propinóico-fenólico (Ibuprufeno) do que outra coisa...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

mas chamem-lhe só gato

Este é o meu maninho...



...Reverendo Bonifácio Adoptado Ventoinhas Barbatanas.

Se passarem o cursor por cima podem fazer-lhe festinhas, eu percebo montes disto.

quinta-feira, 4 de março de 2010

sheiBe

Relendo o meu blog, e tudo aquilo que escrevi há um tempo considerável... Eu não me vejo mais no que foi escrito por mim. Na maior parte das vezes até me lembro vagamente do que queria dizer naquele dia, como é o caso do primeiro post deste blog, agora, rejeitar não é bem o termo, mas não, não dou importância, nem entendo bem o que está ali por trás, como se não tivesse sido eu a escreve-lo, ou como se o sentido daquelas palavras tivesse sido levado com o tempo. No entanto, não o vou apagar.

Quando escrevo uma coisa, escrevo-me a mim. Escrevo ou descrevo aquilo que, no momento em que a caneta se esfregou no papel, ou em que os dedos foram contra as teclas, me ocupa mais. Tento que o meu pensamento mergulhe nesta folha, ou neste ecrã, e fique agarrado à cola desta tinta. Aos vértices destas letras.

Acontece que, quando releio o que escrevo, não me encontro. As palavras não fazem mais sentido, elas não são o meu pensamento. Ele não se deixa agarrar; e entretanto já fugiu. E são so pegadas minhas que ficam. Algumas incompletas, outras bem marcadas, algumas sem um rumo aparente, mais ou menos desvanecidas, mais ou menos evidentes.

Pegadas, não passam de meras pegadas, minhas.
E mesmo as mais feias, as mais ridículas, continuarão a ser minhas.


E depois é engraçado, é sempre o caos -ou aquilo a que decidimos chamar de caos mas isso depois é discutível- o arranque destas coisas, é o que me traz aqui 900% das vezes, portanto caos gera caos eheh mas na, está provado, encontrar-me com este papel nunca tráz boas notícias. Vou começar a associar estas linhas como causa/efeito/sucessão dos meus problemas. O cérebro faz destas coisas e vocês nem sabem.

Falando do que me incomoda, é sempre a mesma coisa. Ora estamos completamente decididos a tomar uma certa decisão, ora estragamos tudo e mudamos, corremos para a decisão contrária. E fica tudo igual. Continuamos para lá e para cá à procura da vontade no percurso.

E depois há cenas assim.
Que é o facto de existirem pessoas que sentem e acreditam efectivamente em barbaridades que lhes saem pela boca quando a exitação já incha e atropela aquilo que as devia deixar reflectir.

Eu queria deixar bem claro... que se o Serafim entrar num autocarro e atirar o Tonecas pela janela fora, é homicídio. E paga por isso. (Ou não, mas devia)

Agora, se o Serafim entrar no mesmo autocarro, engripado, e se ao sentar-se ao lado do Tonecas acabar por lhe contagiar, involuntáriamente, o vírus... E se o Tonecas ficar gravemente doente porque o sistema imunitário dele até não era dos melhores... não, não é ''homicídio''. Porque foi o vírus que o ''matou'', não foi o Serafim. Porque os vírus apanham-se em todo lado, e como não nascem no Serafim, houve também quem lho tivesse pegado. E muito menos o Serafim terá algum dia que pagar os remédios caseiros de muitos euros que o amigo do primo da vizinha diz que lhe arranjou na tentativa de lhe adiar a morte.
Se há quem pondere acreditar na culpa do Serafim? Há. Anda tudo doido? Pois anda.

Mas pronto é giro. Não é nada mas façamos de conta. Ando aqui a passear de um lado para o outro.

''the only way you'll ever learn a thiiiing, is to admit that you know absolutely noooooothing, ohh noooooothing...''
Lembrei-me. Não, estava a ouvir.
Encontra-se assim filosofia socrática nas letras dos racounters como quem não quer a coisa.


PS- Wow o meu melhor amigo acabou de se lembrar da minha existência… Não espera… Quer só saber uma coisa. Hm..
PPS- Esta coisa do melhor amigo é um bocado treta.
PPPS- É que ninguém quer saber se o meu melhor amigo falou comigo ou não.
PPPPS- Sim eu calo-me.
PPPPPS- Estou-me a passar.
PPPPPPS- Vou comer um iogurte.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

um título qualquer tipo ''tenho os pés frios''

Na pontinha, mesmo no fim do dia de ontem lembrei-me que há coisa de um ano tinha uma espécie de diário, e resolvi fazer-lhe uma visita, já não escrevia coisas assim esquisitas, parvas e ao molho há uns tempos, devia estar psicologicamente enbriagada ou assim, acho eu. Não é que não goste do caderno, é um caderno preto, e gostava muito dele, só que a minha mãe adorava abri-lo de vez em quando, e o pior é que corrigia os erros ortográficos com uma caneta por cima, mesmo a dizer ''eu estive aqui!''. Não tem piada. E foi assim que me deixei disso.


‘’Lembrei-me que em miúda era especialmente friorenta. Eu era frio no inverno e no verão. E ao mínimo descuido, constipava-me. Hoje não sou, reparei. Porque o meu quarto está gelado, dizem, e eu estou aqui na mesma. E, sincerely, ainda procurei, mas não, não vejo esse frio em lado nenhum. A sala sim, está muito quente, e eu não quero calor agora, que o calor faz barulho. Estranho, mas agora quero muito estar aqui, e muito tempo, não no frio, mas no fresquinho, e no silêncio, quero-me ouvir a mim, quero ouvir o que este lápis tem para me dizer, mesmo com este candeeiro que eu mal consigo ver a berrar com os meus olhos, nesta escrivaninha de madeira velha e desarrumada por natureza que eu tenho desde miúda, com riscos , tintas e arranhões que o planisfério se esforça por tapar.

O vento anda aí hoje. Furioso, faz-se ouvir, e berra comigo. Por eu ter deixado a manteiga fora do frigorífico a noite toda ou para o ir ajudar a fazer qualquer coisa. E eu retenho todos os gritos dele, e já não são só os meus olhos que encolhem, eu encolho com eles. Parecemos esponjas. O vento é muito agudo e muito forte, assalta-me, entra-me e mexe comigo porque fiz algo de errado, tenta deitar-me ao chão e eu não me sei defender.
E pronto, é assim. Pego num lápis só porque sim, porque é novo, grande e tem o bico afiado, e começo a riscar por riscar. No meu caderno das parvoíces. E começo a achar que me vejo nas palavras que escrevo e que estes rastos sonoros de grafite são tanto eu como são os meus dedos e como é a minha voz. Engano-me? Ou é isto mesmo a continuação dos meus dedos e da minha voz?

No fundo acho que só gostava de tirar os fantasmas da minha cabeça, um por um, e de os pendurar, com molas, nestas linhas, como se fossem estendais. De os deixar escorrer, de os ver correr num texto. Se o soubesse fazer.

...

A propósito de nada, um aparte, eu acho que as pessoas têm a mania de se entregarem em demasia a determinadas coisas ou a determinadas pessoas, e não deviam, não deviam porque é um bocado como apoiarem-se em pilares não seguros, em muros construídos de fresco e pouco solidificados, que se desfazem só com o peso dos cotovelos, e depois caem de cu no chão e não é bom. Porque ao falhar-lhes essa coisa, acaba por lhes falhar tudo. E a culpa é delas por atribuírem o peso de ‘’tudo’’ numa ‘’coisa’’ jamais capaz de suportar um ‘’tudo’’. São burras e a culpa não é do muro, ninguém lhes mandou meter lá a pata, ninguém lhes disse que aquilo algum dia tinha que ser qualquer coisa como a bengalinha, o apoio, o suporte da vida delas.

Aprendo a ignorar o vento, esqueço o tempo, adormeço numa manchinha verde escura de tinta que suja, com outras, e com prazer, a minha escrivaninha há anos. Adormeço aqui porque a minha vista já saturada de vermelho e zangada com a luz do candeeiro fugiu para fora de mim, e levou com ela a noção consciente do que eu estava a fazer. Se é que estava a fazer alguma coisa. Dou passos naquela manchinha sem querer ir a lado nenhum, e não encontro nada, só a espera que chegue alguma coisa para me acordar... Se é que eu preciso de acordar... Se é que estou mesmo a dormir... Não consigo nem perceber se tenho sono ou não.

Eu sei que só pego em ti quando não tenho mais nada. E que te uso e que te faço engolir as minhas palavras quando me apetece. É egoísmo e ingratidão que tu, caderno, carregas sem protestar. Não vou pedir desculpa. Revolta-te e ignora-me tu também, és quem mais motivos tem para o fazer. Vou-te deixar e vou-me deitar, ''que o meu mal deve ser sono.'' Porque amanhã já é terça. E a seguir já é quarta. Finalmente quarta. Depois, se quiseres, conto-te como correu quarta. E quinta... quinta o despertador vai tocar outra vez. Preciso da rotina, preciso tanto...''

A propósito, isto das pessoas falarem com objectos inanimados é uma doença e tem um nome...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Borrow

E se eu tiver passado para o outro lado da música?

...

É mesmo verdade que as coisas atrás de nós parecem comprimir. E acabam por parecer muito mais interessantes também. Por isso é que às vezes tenho a mania de rever todos os anos da minha vida como se de um filme se tratasse. Porque a nossa memória é a coisinha mais medíocre que anda aí e se calhar não devia ser, e de um ano, por muito que se queira, não se conseque lembrar de tudo o que se comeu, tudo o que se sentiu, tudo o que se pensou, tudo o que se disse e se ouviu, tudo o que se fez, todos aqueles momentos mais estranhos e fugazes mas interessantes, nem as coisas mais banais a nossa memória consegue suportar. Por muito banais que sejam, foram vividas, e se repararem, a nossa memória acaba por matar pedacinhos da nossa vida. Pedações! Por isso é que eu não gosto dela. O que ficam, são as coisas mais ou menos e relativamente importantes, algumas, muito boas ou muito más e outras insignificantes que escapam. Mas eu queria todas. É que depois fico com a sensação que foi grande ano. E nem foi se calhar. É um bocadinho frustrante. Estão a perceber?

E eu tenho traumas com músicas, digo isto cinquenta mil vezes por dia mas ninguém quer saber. Também não quero saber se vocês têm. Eu tenho porque algumas conseguem, nelas, levar partes de mim para um plano passado. São complementos à minha memória. Por exemplo… Músicas que eu ouvia no meu sétimo ano ao ir para a escola… Esse ir para a escola acabou por ficar registado nelas. E ao ouvi-las eu consigo viver um bocadinho lá. Consigo ir um bocadinho para a escola. E não só. No entanto, se eu vos puser a ouvir a mesma música, vocês não vos vão sentir, e muito menos a mim, a ir para a escola. Mesmo não sendo real, não quero saber, eu consigo. E é bom. Mas ligeiramente perturbador e incomodativo se resolvermos pensar sobre o assunto. O que são estas ideias de passado, de presente e de futuro que nós temos? O que é o tempo? Alguém sabe se o tempo existe? Boa, nem eu. Mas se existir, é o passado que o está a ''comer?''

Eu estou a escrever neste blog. Na verdade estou no Word. Mas não interessa. É presente. O que implica já ter sido futuro no passado e vir a ser passado no futuro. Grande cena. Podemos dizer que caminhamos em direcção ao futuro? Enquanto ele caminha em direcção ao nosso presente até continuar e, a certa altura, se espetar no nosso passado? Se assim for… então estamos numa constante fuga ao presente, a atirá-lo, em vão, para o passado, (em vão) porque o futuro continua a devolver mais presentes de cada vez que o fazemos. Por outro lado, podemos considerar o passado matéria morta? Ou não, porque apesar de só existir no formato ‘’.memória’’, continua a condicionar a nossa vida num plano ‘’vivo’’/actual? E o futuro, é uma ilusão? Ou uma conclusão dedutiva resultante da relação do passado com o presente , ou seja, do facto de o presente actual ter sido já um dado desconhecido, uma incógnita em relação ao passado, quando este passado ainda era presente, e de haver por isso, necessariamente, um ''futuro'' presente em relação ao presente actual?

E a nossa própria vida? Podemos dizer que a nossa vida é uma transferência, uma ''passagem de um saco para o outro''? Por nascermos sem passado, mas cheios de futuro? E morrermos cheios de passado, mas sem futuro, quando esse futuro se cansa de se estar sempre encontrar com o passado no passado e de nos dar presentes, e decide lá ficar, sempre, convertido a passado, adormecido, inalterável?

E se, como nos filmes de ficção científica, por A mais B e através de cálculos super complicados e todos xptos sobre anos-luz fosse mesmo provado e previsto, pelos cientistas, um possível regresso ao passado? E se assim o passado passasse a ser reversível? Seria bom? Ou disporíamos dessa nova função para o tornar irreversível outra vez?

Vou publicar isto... Estou a publicar... E já publiquei.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

pretty visitors

Amanhã é dia de Arctic Monkeys.
(Note-se que o tão esquecido 'c' entre o 'r' e o 't' é importante.)













(Note-se também que é a primeira imagem na vida do Blog. O Blog perdeu a virgindade das imagens com o Turner, yey!)

(Note-se ainda que é também a primeira vez que uso esta expressão do ''note-se'' e que estou a estrear o botãozinho que altera o tamanho das letrinhas.)
Estou-me a passar. Ignorem. Isso mesmo.
Amanhã vai ser fixe. Vou sair da escola às seis e meia e tentar chegar à paragem de autocarro às seis e meia e trinta segundos. O dito cujo vai demorar meia hora a chegar só porque eu quero que ele chegue rápido. Vou chegar ao coliseu e vou ver uma fila mesmo fixe até à fnac. Vou estar três horas no fim dessa mesma fila ao frio e sem jantar. Os mystery jets e os macaquinhos do ártico vão ocupar 15% do meu campo visual, sendo que os restantes 85% vão ser cabeças, braços e o tecto do coliseu. E porque afinal são 30 euros, as pessoas vão cagar em mim quando eu desmaiar a meio com falta daquelas coisas que a comida dá ao sangue, ou de emoção. É mais hardcore dizer a do sangue. Esqueçam a emoção.
E não me chamem pessimista. Isso era se tivesse referido a falta de ar aliada a confusão, a surdez, o sono que estão para vir. Não referi, pois não? So shut up.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O casamento e assuntos atrelados. Ou assuntos atrelados e o casamento.

Qualquer pessoa se sente ofendida quando a acusam de homofobia. Acaba por ter um certo valor pejorativo, te tal forma que mesmo aqueles que de facto cultivem um certo ódio e uma certa discriminação contra homossexuais o negam, porque não gostam de ser acusados de tal atrocidade. A homofobia é, à semelhança do racismo, mal vista. (E ainda bem, diga-se de passagem) E assim ninguém tem nada contra homossexuais, até porque se tivessem corriam o risco de ser rotulados como antiquados, xenófobos. Portanto, é provável que haja mais homossexuais assumidos do que homofóbicos. Desde os pais que põe os filhos homossexuais na rua, aos que dizem que são contra porque não é natural e não sei quê, passando por aqueles que usam a expressão ‘’gay’’ a torto e a direito para insultar quem quer que seja no dia-a-dia, ninguém é homofóbico, ainda que pratiquem o conteúdo da palavra por assim dizer, there are no homophobics, porreiro.
Mas eu não sou homofóbica, de todo. E se um dia vier a ter um filho homossexual, está tudo bem. Mesmo.
Um dia destes no Verão, dei mesmo por mim a supor se a humanidade não seria toda ela bi-sexual. (um bocado extremista talvez) mas eu tento explicar. Toda a gente sabe que todos nós nascemos quase completamente ‘’formatados’’ por assim dizer, estejamos ou não predispostos geneticamente para certas coisas, dependemos fundamentalmente da nossa educação. Isto está comprovado. Consoante o contexto em que nos inserimos a partir do momento em que nascemos, são-nos impingidos padrões de normalidade de toda a espécie e feitio. E a verdade é que somos ‘’bombardeados’’ com pais e mães, tios e tias, avôs e avós… Namorados e namoradas aos beijinhos na rua e na televisão (a mim tapavam-me os olhos nestas cenas, era giro), nos brinquedos, as barbies e os kens, até mesmo na escola aprendemos aquela coisa toda do homem e da mulher que se reproduzem como os nossos pais se reproduziram e como nós nos vamos reproduzir um dia e dar netos aos nossos pais. Que continuarão a nossa árvore genealógica, e por aí fora… (Não estou a criticar, só a constatar, nada contra obviamente.) São as nossas primeiras impressões do que nos rodeia que aprendemos e imitamos, o ponto de partida, que quer queiramos quer não vai influenciar tudo o que vier a seguir, ainda que não de uma forma consciente. Mesmo que sejamos extremamente racionais e comecemos a por tudo e mais alguma coisa em causa já mais crescidos, fica sempre o bichinho, é inevitável. Tudo o que ultrapasse isto não é normal. E não me venham com tretas que hoje em dia luta-se desde cedo contra o preconceito com publicidades e palestras e afins. As pessoas podem não odiar a homo ou a bi sexualidade, não ter nada contra, mas estranham, e afastam-se da possibilidade, porque para elas, já está estabelecido que não é normal. É tão anormal, que só acontece aos outros.
Reparem… Na natureza, há mais de 300 espécies que praticam homossexualidade, e a maior parte delas são as que têm consciência do prazer, como os golfinhos, as baleias e os chimpanzés.
E para acrescentar a tudo isto, mais estudos comprovam a existência de mais de 500 zonas erógenas no corpo humano impossíveis de ser exploradas apenas pelo sexo oposto, o que confere à humanidade um carácter potencialmente bissexual.
Dá mesmo vontade de nos despirmos de prefixos como hétero-, bi-, ou homo-; e de focarmos o homem como ser Sexual que única e exclusivamente é. No fundo: Pessoas amam pessoas. Certo? Não sei, não vou andar aí na rua aos saltinhos a dizer que toda a gente é bi porque isto e porque aquilo, sei lá se é, mas não faz mal reflectir sobre isto.

Isto tudo porquê? Amanhã temos que participar num debate em Português… todos. Mas não é nada disto que eu tenho que dizer. Temos que defender o casamento como um contrato entre duas ou mais pessoas livres que decidem. No fundo, defender a legalização da Poliandria, Poligamia e os casamentos de homossexuais. E eu detesto estas coisas orais, de falar e ler alto, engasgo-me toda, mas tudo bem. Estou um bocado à nora.
O casamento diz ser um vínculo entre duas pessoas. A oficialização desse vínculo, ao fim ao cabo. No caso dos homossexuais, o casamento pode vir apoiar a atenuação da discriminação a esta realidade e uma tentativa de melhor integrá-los na sociedade. Pode ser que, ao verem que até é legítimo o casamento nestes casos, as pessoas comecem a encarar estas coisas com uma maior naturalidade. E mais importante, o registo civil vem permitir que lhes sejam reconhecidos direitos como a um casal qualquer. Sendo o casamento uma invenção do próprio Homem, a vontade dele tem que ultrapassar tudo isto, não se pode esganar aqui.
A legalização seria a libertação do indivíduo para a concretização oficial e teoricamente aceite das suas escolhas, quando estas não prejudicam mais ninguém. E nestes casos, não prejudica mesmo mais ninguém.
Os homossexuais são uma realidade, existem quer as pessoas queiram quer não. Não faz sentido a não-legalização. As pessoas podem viver juntas, um homem com um homem, três mulheres e cinco homens. Estamos a apelar à legalização, e legalizar significa so isso, legalizar. Cabe a cada um decidir e poder usufruir dos mesmos direitos... através de um contracto. Tão simples quanto isso. Espetava aqui mais palha, mas tenho sono.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Encontrei isto no meu myspace...

... e pronto, coitada.

Têm sido uns dias bastante produtivos para mim.

Acho que este fim-de-semana atravessei uma rica fase valente em creatividade que não foi canalizada em coisa nenhuma, simplesmente porque não me lembro das mil e quinhentas ideias de toda a espécie e feitio que estiveram momentâneamente no auge de eclodir na minha cabeça. Triste sorte a delas, porque nasceram no berço da efemeridade e não me deram tempo para as conhecer. Perderam-se, pelo simples facto de eu não as ter se quer verbalizado.

Retiro, então, o que comecei por dizer. Não foram dias produtivos, mas podiam tê-lo sido.

Voltamos assim à estaca zero... e esta tudo bem

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Para o ano faço 18

Eu sei que não é suposto espetar anedotas aqui... mas caguem lá nisso! Isto tem piada!

-Um Inglês a viver em Portugal ia fazendo um esforço
para dizer umas coisas em Português.
Foi ao supermercado e fez a seguinte lista:
- Pay she
- MacCaron
- My on easy
- All face
- Car need boy (may you kill oh!)
- Spar get
-Her villas
- Key jo (parm soon)
- Cow view floor
- Pee men too
- Better hab
- Lee moon
- Bear in gel
Ao chegar a casa, bateu com a mão na testa e disse:
- Food ace! Is key see me do too much! Put a keep are you!

e aquela............
P.O quê que um boneco de neve diz ao outro?
R.Não te cheira a cenoura?

tá fixe.