terça-feira, 17 de junho de 2014


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sexta-feira, 13 de junho de 2014

quarta-feira, 4 de junho de 2014

espécie de desabafo culpado sobre a minha preguiça sem culpa

Ando à procura de qualquer coisa que dará pelo nome de sentido de obrigação e que se perdeu em mim há já algum tempo - seria menos tempo se ele não andasse tão apressado ultimamente.
Passam por mim cinco minutos, passam a seguir cinco meses, cheios de pressa para alguma coisa. Só eu não consigo sentir pressa alguma.
Outras coisas passam por mim e eu? sem culpa de vê-las passar.
Foco zero e culpa nenhuma.
É pavoroso como chega a haver um certo prazer nisto tudo; um certo prazer no ficar no cais a ver uma multidão embarcar no comboio para o qual tirei bilhete porque quis tirar; que me faz sorrir - vejam bem, sorrir! - e sorrio, são sorrisos sórdidos, sorrisos sedados, sorrisos sem sentido, mas são sorrisos, caramba!

Agora desafio o comboio. Deito-me no meio da linha e mostro-lhe se não me pode matar; não pode. (Estes são os comboios que passam em linhas mortas. As tais deadlines. )
E passa um.




E passa outro.
E eu à espera do quê? Sim, e eu à espera do quê, afinal?

Hoje em dia há problemas em tudo e nomes em todos os problemas. A vida é um problema digno de acompanhamento psicológico, a maior das psicopatologias. Eu gostava de saber por que nome responderá este meu problema que é a minha espera sem remorsos. O google diz que não sabe mas que sabe outras coisas.
Entretanto continuo as buscas e fica, antes de mais, o apelo: se alguém encontrar este meu sentido de obrigação ou o raio que o parta que o agarre, com força, e mo traga, morto ou vivo, mas que mo traga, pelo amor de deus. Com letra minúscula que não és mais que ninguém. A não ser que venhas no início de uma frase. Tipo agora. Deus. Pronto.

Somos todos deuses quando vimos em inícios de frases.

Beijinhos e abraços.