Relendo o meu blog, e tudo aquilo que escrevi há um tempo considerável... Eu não me vejo mais no que foi escrito por mim. Na maior parte das vezes até me lembro vagamente do que queria dizer naquele dia, como é o caso do primeiro post deste blog, agora, rejeitar não é bem o termo, mas não, não dou importância, nem entendo bem o que está ali por trás, como se não tivesse sido eu a escreve-lo, ou como se o sentido daquelas palavras tivesse sido levado com o tempo. No entanto, não o vou apagar.
Quando escrevo uma coisa, escrevo-me a mim. Escrevo ou descrevo aquilo que, no momento em que a caneta se esfregou no papel, ou em que os dedos foram contra as teclas, me ocupa mais. Tento que o meu pensamento mergulhe nesta folha, ou neste ecrã, e fique agarrado à cola desta tinta. Aos vértices destas letras.
Acontece que, quando releio o que escrevo, não me encontro. As palavras não fazem mais sentido, elas não são o meu pensamento. Ele não se deixa agarrar; e entretanto já fugiu. E são so pegadas minhas que ficam. Algumas incompletas, outras bem marcadas, algumas sem um rumo aparente, mais ou menos desvanecidas, mais ou menos evidentes.
Pegadas, não passam de meras pegadas, minhas.
E mesmo as mais feias, as mais ridículas, continuarão a ser minhas.
E depois é engraçado, é sempre o caos -ou aquilo a que decidimos chamar de caos mas isso depois é discutível- o arranque destas coisas, é o que me traz aqui 900% das vezes, portanto caos gera caos eheh mas na, está provado, encontrar-me com este papel nunca tráz boas notícias. Vou começar a associar estas linhas como causa/efeito/sucessão dos meus problemas. O cérebro faz destas coisas e vocês nem sabem.
Falando do que me incomoda, é sempre a mesma coisa. Ora estamos completamente decididos a tomar uma certa decisão, ora estragamos tudo e mudamos, corremos para a decisão contrária. E fica tudo igual. Continuamos para lá e para cá à procura da vontade no percurso.
E depois há cenas assim.
Que é o facto de existirem pessoas que sentem e acreditam efectivamente em barbaridades que lhes saem pela boca quando a exitação já incha e atropela aquilo que as devia deixar reflectir.
Eu queria deixar bem claro... que se o Serafim entrar num autocarro e atirar o Tonecas pela janela fora, é homicídio. E paga por isso. (Ou não, mas devia)
Agora, se o Serafim entrar no mesmo autocarro, engripado, e se ao sentar-se ao lado do Tonecas acabar por lhe contagiar, involuntáriamente, o vírus... E se o Tonecas ficar gravemente doente porque o sistema imunitário dele até não era dos melhores... não, não é ''homicídio''. Porque foi o vírus que o ''matou'', não foi o Serafim. Porque os vírus apanham-se em todo lado, e como não nascem no Serafim, houve também quem lho tivesse pegado. E muito menos o Serafim terá algum dia que pagar os remédios caseiros de muitos euros que o amigo do primo da vizinha diz que lhe arranjou na tentativa de lhe adiar a morte.
Se há quem pondere acreditar na culpa do Serafim? Há. Anda tudo doido? Pois anda.
Mas pronto é giro. Não é nada mas façamos de conta. Ando aqui a passear de um lado para o outro.
''the only way you'll ever learn a thiiiing, is to admit that you know absolutely noooooothing, ohh noooooothing...''
Lembrei-me. Não, estava a ouvir.
Encontra-se assim filosofia socrática nas letras dos racounters como quem não quer a coisa.
PS- Wow o meu melhor amigo acabou de se lembrar da minha existência… Não espera… Quer só saber uma coisa. Hm..
PPS- Esta coisa do melhor amigo é um bocado treta.
PPPS- É que ninguém quer saber se o meu melhor amigo falou comigo ou não.
PPPPS- Sim eu calo-me.
PPPPPS- Estou-me a passar.
PPPPPPS- Vou comer um iogurte.
quinta-feira, 4 de março de 2010
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